domingo, 5 de dezembro de 2010

O mar

Lá estava eu, entre os bêbados, italianos e prostitutas. Chorava muito, procurando uma razão pra tudo aquilo que acontecia. As pessoas me olhavam com pena, alguns curiosos querendo saber o motivo de tanta tristeza que havia em meu olhar. Fui buscar ajuda com o mar, o único que me ouvia e me escutava naquele momento. Perguntei porque tudo aquilo acontecia comigo. Ele então me respondeu que a vida é como as ondas: tem dias que estão furiosas, bravas e querem levar tudo consigo. Já tem outros dias que estão calmas, tranquilas e em paz. Momentos tristes e felizes sempre estão de passagem, assim como as ondas. E que tudo é passageiro, basta apenas ter calma e ser bravio para enfrentar os momentos difíceis. Fiquei contemplando e quando me dei conta corria perigo naquele mundo cão, onde as pessoas não têm sentimentos ou fingem não ter. E eu parecia ser a unica a demonstrar aquilo. E por alguns instantes desejei estar em casa, mesmo sabendo dos problemas que iria enfrentar quando chegasse lá. Falei que precisava ir, mesmo não querendo, ele me entendeu, disse algumas palavras de consolo, e me desejou boa sorte. E então fui. Mais uma vez, obrigado Mar. Por suas sábias palavras de conforto.

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