domingo, 23 de janeiro de 2011

Viajando no desconhecido conhecido.

Quero me misturar no desconhecido, mergulhar no diferente, no que eu digo ser estranho, talvez. Estranha sou eu,  nessa vida de gente morta.

- Quero uma passagem para o mundo dos vivos, só ida, por favor.

Talvez eu encontre a vida e a vida me encontra lá naquele mundo.Estranha sou eu no meio de tanta gente, cada um com seu mundo, mas o mundo é um só imenso e desconhecido, por isso lhe digo que sou igual a você, mas sou diferente, porque o mundo é meu, logo seu, somos um. Viajarei para o mundo, no escuro profundo, mas sei que no fundo encontrarei uma luz. Diferente é você que se julga igual. Misturo, me acostumo, logo mudo e tudo se torna igual, mas tenho fome de tudo que vejo no mundo, minhas descobertas estão cobertas esperando a hora chegar, e quem você pensa que é? Maldito tempo! Que limita meu eu, me diz a hora certa de parar e continuar. Diferente é não dar tempo ao tempo, é deixar ele na hora certa, e a hora é agora, amanhã, ontem, pois não tem hora marcada pra deixar o tempo, pode ser agora, em qualquer lugar, infinito sou eu. 

O trem me aguarda a qualquer momento na estação, basta entrar e viajar. Viajando vou descobrindo o tal mundo, e me descubro dele, vejo que não sou diferente, mas que sou igual. Puxo você comigo, não fique confuso, somos diferentes e descubro que somos iguais. Te descubro e você me cobre, me descobre. Pulamos para o seu mundo e voltamos para o meu, passeamos entre todos, voltamos para o tudo. Estamos no mundo dos vivos, Viva!

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