segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dança das ondas


E foi assim, estavamos sentadas, observando a fúria das ondas ao dançar, ventava, e seu cabelo batia em meu ombro, estavamos hipnotizadas, estáticas, elas iam e vinham e se arrebentavam nas pedras, suas espumas subiam metros , formavam arco-íris, e depois desciam, recuavam, e elas dançavam, as vezes calma as vezes com fúria. Eu observava seu caminhar, sua lentidão, perdida em pensamentos, me lembro de quando fui até as pedras, e você me observava no pier, com um sorriso satisfatório, e a minha visão sua era linda, e sua visão minha era tão linda quanto, e ficamos ali, um tempo, olhando uma para outra, sem entender, sem querer entender.
Você veio até mim , e ficamos ali olhando o sol, a pedra, o mar, e imaginando cavalos caminhando sob a areia molhada. De repente o mar me chamou, o observava , sentia que necessitava dizer algo para mim, algo que, eu procurei e procuro a vida toda, mas não sabia onde encontrar, e então o silêncio, e depois a certeza.
Não sei muito sobre o mar, mas sei que o caminho é por ali... 

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