terça-feira, 29 de novembro de 2011

Relatos de um verão inútil.

(TEXTO ESCRITO NO VERÃO DE 2010)



Tá quente, muito quente. E isso ta me incomodando, e muito. Meu ventilador fica ligado o tempo todo, exceto quando eu tomo banho. Dispenso minhas roupas, elas não servem mais para nada. Acordo umas 11 ás vezes 12 horas. E me irrito com minha mãe porque ela colocou adoçante no café, então eu coloco açúcar pra tentar disfarçar o gosto ruim do adoçante, mas isso só piora o gosto, e eu faço isso toda manhã com a esperança que meu café fique com um gosto bom. Mas não fica. Assisto filmes que nem lançaram no cinema no computador. Toco violão até meus dedos ficarem com as marcas das cordas de aço e a ferrugem gruda em meus dedos, e minhas impressões digitais ficam pretas, o cantinho da minha unha também fica com ferrugens e começam a descascar. Almoço umas 4 ou 5 horas da tarde, e janto ás vezes 11 horas. E minha mãe me fala que isso vai me deixar louca. Ouço Tiê, Laura Veirs e Mariee Sioux, e estou viciada na música “#41” de Dave Matthews, sou apaixonada por folk. Ouço Beatles pra tomar banho, e tenho preguiça de procurar o carregador do celular. Escrevo, e faço algumas poesias ouvindo Chico Buarque e Vinícius de Moraes, fotografo aquelas coisinhas de enfeite da minha mãe, anjinhos de porcelana e o Sol, mas a fotografia não fica boa, aproveito o pôr-do-sol para fazer um poser(auto-retrato). Conto quantos aviões já passaram pela minha janela. Agora mesmo passou um da TAM e foi o 5º avião, eles saem mais a noite. Leio Querido John de tardezinha, e sempre me decepciono com o livro, às vezes desenho algumas flores e alguns rabiscos e fico pensando como será minha tatuagem daqui a três anos. Vejo mais filmes, e seriados.  Deito na barriga da minha mãe com a esperança de escutar os vermes fazendo barulhos esquisitos enquanto ela cochila, mas eu sei que não são vermes, mas quando eu era pequena achava que eram eles tentando se comunicar comigo. À noite tenho que agüentar aquela música da árvore de natal, que repete o tempo todo, e se eu tentar tirar a maldita música, minha mãe começa a gritar e falar sem parar, então eu penso: Prefiro essa musica da árvore de natal, do que minha mãe falando sem parar. Fico na internet atualizando meu Facebook, e dando risadas com aqueles aplicativos, mal entro no Orkut e fico do youtube vendo vlogs e trailers de filmes e fico em blogs de modas e de poesias, mas a maior parte do tempo fico no flickr. Vejo mais filmes. E vou dormir umas 2 ou 3 da tarde cambaleando de sono. 

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