quarta-feira, 4 de julho de 2012


Eu vejo o desespero dela, vejo a chorando, triste e com raiva, vejo seus olhinhos cheios de lágrimas e com a vontade de se esconder, vejo a sem dormir, pois nós duas não dormimos mais, nossas noites que deveria ser de sono é invadida por ondas de preocupação, ondas de revolta, ondas de inquietude. Se a tua voz tivesse a mesma intensidade que a dor que sente, o mundo te ouviria, o mundo te ajudaria. Mas não tem, pelo contrário.
Sinto-me intacta, diante disso tudo, não sei se agir, tomar uma atitude, é de certo uma atitude. A vejo bem, sonho, quando consigo sonhar, em um lugar lindo, cheio de plantas e flores, sinto o teu abraço, e a tarde seria só de conversa e carinho, conversas sobre as histórias do passado, os desesperos que passamos agora.
Calma, eu tento acalmar, mas nem eu mesma estou calma, nos abraçamos, tento passar o que eu suponho ter de tranqüilo em mim, mas não é tanta coisa assim...
Não vou cometer o mesmo erro que foi cometido, a situação em que nos vemos é tão intensa e desconcertante que errar é a melhor opção. Mas isso seria fugir, seria cruel demais...
Escuto seu choro agora, de longe... no quarto.
Deixo-a

Vamos chorar juntas, chorar é bom,
 descarregar toda essa mágoa. 

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