segunda-feira, 3 de setembro de 2012


ensaio sobre "interpretações"


sou puta
vadia
biscate
piriguete
piranha
quenga
prostituta
rameira
mal carater
sapata
sou mulher da vida
à-toa
novinha
sou falsa
não tenho juizo
dona de mil nomes
mil jeitos e mil amores
mulher de amor
de dor
de alegria
no fundo
sofrimento
de sentimentos
de emoção
com razão

mas tudo isto é ilusão

tapa-se o olho
não deixe-os ver esta mulher da vida
esta puta
meretriz
vagabunda

pois é esta
que reprensenta a liberdade
representa o que você não é
não porque você não quer
porque vc não vê além

não tem medo de ser mulher
ser
entender
aceitar
e sentir

essa mulher que
se ama
se gosta
se quer
se entende

sou mulher da
cama
da cozinha
do trabalho
da rua
da natureza

da vida

e você?
o que vê ?
se engana com toda mulher
porque cada mulher
representa o que quer
e o que não quer

julgue
se ilude
interprete
o julgador
o observador

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