quarta-feira, 20 de março de 2013

" Eu sei que buscando no fundo de minha alma, algo tão forte eu vou encontrar, me parece você. E ter a certeza de que, eu estava esse tempo todo errada. "

E ela, pensando dessa forma, depois de um longo período trancada consigo em seu planeta, chega a essa triste conclusão, admitindo-se sofrer de amor, tão desesperadamente e tão ingenuamente. Pensar que aquela menina que transparece tanta força em seus olhares, qualquer tristeza não é mera coincidência, seria essa força então provocada pelo intenso cansaço que sentes de amar algo tão belo e destruidor.

"E então, o que fazer agora ?"

Ela se perguntava, ao caminhar na superfície daquele planeta tão deserto, passando horas e mais horas,  tentando decifrar o enigma mais difícil que ela ja encontrará na vida. Enquanto estrelas cadentes caiam do céu, a lua, tão cheia iluminava o seu caminhar, sempre com aquele sorriso simples e sincero, ela sentia uma invasão de sentimentos inconstantes. E então tão rapidamente assim, se pos a chorar, por entender que o seu destino já estava mais que sendo traçado, estava definido. Mas ao mesmo tempo, ela sentia uma certa e tímida alegria, por compreender que ao menos, ela encontrará sua forma de amar, e ficar imersa a tantos amores, naquele momento era o mesmo que suicidar-se. Mas sua alegria conteve. Ela reprimia. Apenas chorava, admitindo a si mesma de maneira tão sincera e singela, que sofria de amor, todo esse tempo. E que, a sua fraqueza se escondia ali, no mais profundo e misterioso universo da alma.

"Mas, porque não ter percebido isso, todo esse tempo ? Porque passei tanto tempo querendo enganar a mim mesma ?"

Com o rosto submerso a lágrimas, olhava a lua e perguntava em seus pensamentos, de si para si mesma. A menina não entendia, ela temia sua própria fraqueza, temia querer ve-la, conhece-la, supondo que, seria mais fácil fingir que ela não estava ali. Portanto, algo tão fraco crescia nela, silenciosamente, todo esse tempo. Ela se perdoou, e mais uma vez, falava para si mesma, com convicção, que sofria das piores dores do mundo. Sua natureza é devastadora, seu coração sente demais, e a sua mente pensa coisas que ninguem suponha pensar, ela sabia que foi longe demais nessa confusa e forte história, tão assim, sozinha. Pobre menina... aquilo que te fortalece é o mesmo que te mata. E se sorria, era por desespero,se chorava, era de alegria, se temia era por amor, e se amava era por sofrimento. E o tempo passou, no horizonte ela já sentia o seu mais companheiro e fiel amigo despertar daquela escura e misteriosa madrugada, foi quando os raios de Sol, emergiam naquele planeta deserto, ela sabia, seu tempo já estava esgotado, sua dores já estavam a superficie de seu ser, ela se sentia fraca e terrivelmente sentia o medo. Sabendo ela que a cura daquilo tudo se escondia bem exatamente aonde ela sentia suas feridas, e que temiam não sicatrizar. Pobre menina, ela não entende a si mesma...


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